Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Isaías 53:2
Na ocasião em que Abraham Lincoln concorreu à presidência dos Estados Unidos, seus partidários costumavam cantar o seguinte refrão:
O velho Abe Lincoln saiu do deserto,
Do deserto, do deserto,
O velho Abe Lincoln saiu do deserto,
Em Illinois.
Aquela figura alta e melancólica parecia um candidato pouco indicado para liderar a jovem nação norte-americana que enfrentava um de seus maiores testes – a guerra civil por causa da questão da escravidão. Lincoln, no entanto, homem honesto, justo e modesto, continuamente denegrido por membros de seu próprio gabinete, provou ser a pessoa certa para enfrentar aquela situação. Suas convicções inabaláveis mantiveram o Norte na direção certa. Seus discursos públicos, colocados de lado ou menosprezados por seus contemporâneos, estavam repletos de profunda compaixão, justiça e sabedoria.
Abraham Lincoln, sem dúvida o maior presidente dos Estados Unidos, foi um broto saído de uma terra seca.
Mas o que dizer de Jesus, o Filho de Maria? Ele veio de Nazaré, um pequeno vilarejo que carregava uma péssima reputação. “Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?”, exclamou o devoto Natanael (Jo 1:46). Os Evangelhos nos dão uma ideia de como eram os vizinhos de Jesus. Na ocasião em que Jesus pregou na sinagoga da cidade, a mensagem não agradou os habitantes de Nazaré. Eles ficaram com raiva, O levaram para fora da cidade e tentaram jogá-Lo do penhasco (ver Lc 4:28-30).
Ainda assim, cometemos o mesmo erro de Natanael. Sem pensar duas vezes, desprezamos alguém por não ter os laços familiares certos, a instrução certa, a cor de pele certa ou a conta bancária certa. Até mesmo sem vê-las, sem mesmo dar-lhes uma chance, tiramos nossas conclusões baseados em preconceitos e ideias preconcebidas.
Para mim, esse pensamento é assustador. O Messias veio de Nazaré. O broto de Deus saído de uma terra seca. Hoje quero que meus olhos sejam abertos para ver o broto de Deus, a despeito da terra.
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